O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou, nesta quinta-feira (1/03), em Brasília, o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS 2012), ferramenta que avalia o acesso e a qualidade dos serviços de saúde no país. Criado pelo Ministério da Saúde, o índice avaliou entre 2008 e 2010 os diferentes níveis de atenção (básica, especializada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência), verificando como está a infraestrutura de saúde para atender as pessoas e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população.
AVALIAÇÃO – O índice avalia com pontuação de 0 a 10 a municípios, regiões, estados e ao país com base em informações de acesso, que mostram como está a oferta de ações e serviços de saúde, e de efetividade, que medem o desempenho do sistema, ou seja, o grau com que os serviços e ações de saúde estão atingindo os resultados esperados.
O IDSUS é formado por seis grupos homogêneos e leva em consideração a análise concomitante de três índices: de Desenvolvimento Socioeconômico (IDSE), de Condições de Saúde (ICS) e de Estrutura do Sistema de Saúde do Município (IESSM). Basicamente, os grupos 1 e 2 são formados por municípios que apresentam melhor infraestrutura e condições de atendimento à população; os grupos 3 e 4 têm pouca estrutura de média e alta complexidade, enquanto que os grupos 5 e 6 não têm estrutura para atendimentos especializados. A proposta é unificar em grupos cidades com características similares.
SITUAÇÃO – De acordo com o índice, o Brasil possui IDSUS equivalente a 5,47. A região Sul teve pontuação de 6,12, seguida do Sudeste (5,56), Nordeste (5,28), Centro-Oeste (5,26) e Norte (4,67). Entre os estados (ver tabela no fim do texto), possuem índices mais altos os da região Sul - Santa Catarina (6,29), Paraná (6,23) e Rio Grande do Sul (5,90). Na sequência, vêm Minas Gerais (5,87) e Espírito Santo (5,79). As menores pontuações são do Pará (4,17), de Rondônia (4,49) e Rio de Janeiro (4,58).
De acordo com o IDSUS 2012, as maiores notas por Grupo Homogêneo foram: 7,08 para Vitória (ES), no grupo 1, e 8,22 para Barueri (SP), no grupo 2. Na sequência, nos grupos 3 e 4, vêm 8,18 para Rosana (SP) e 7,31 para Turmalina (MG). Nos grupos 5 e 6 os destaques foram Arco-Íris (SP) e Fernandes Pinheiro (PR), com IDSUS de 8,38 e 7,76, respectivamente.
MODELO –O IDSUS 2012 é resultado do cruzamento de 24 indicadores, sendo 14 que avaliam o acesso e outros 10 para medir a efetividade dos serviços. No quesito acesso, é avaliada a capacidade do sistema de saúde em garantir o cuidado necessário à população em tempo oportuno e com recursos adequados. Entre esses indicadores estão a cobertura estimada de equipes de saúde; a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas pré-natal; e a realização de exames preventivos de cânceres de mama, em mulheres entre 50 e 69 anos, e de colo do útero, na faixa de 25 a 59 anos.
Já na avaliação de efetividade, ou seja, se o serviço foi prestado adequadamente, encontram-se itens como a cura de casos novos de tuberculose e hanseníase; a proporção de partos normais; o número de óbitos em menores de 15 anos que foram internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI); e o número de óbitos durante internações por infarto agudo do miocárdio.
O levantamento de dados para divulgação do IDUS 2012 será realizado a cada três anos. Desde a idealização até a fase de finalização, o índice foi construído com a participação de vários segmentos do governo, técnicos, acadêmicos e com a participação e aprovação do Conselho Nacional de Saúde.
Por Ubirajara Rodrigues, da Agência Saúde – ASCOM/MS
Atendimento à imprensa - 3315-3533/3580
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TABELA 1 – ÍNDICES DOS ESTADOS
Unidades Federativas | IDSUS |
Santa Catarina | 6,29 |
Paraná | 6,23 |
Rio Grande do Sul | 5,90 |
Minas Gerais | 5,87 |
Espírito Santo | 5,79 |
Tocantins | 5,78 |
São Paulo | 5,77 |
Mato Grosso do Sul | 5,64 |
Roraima | 5,62 |
Acre | 5,44 |
Alagoas | 5,43 |
Rio Grande do Norte | 5,42 |
Bahia | 5,39 |
Sergipe | 5,36 |
Piauí | 5,34 |
Pernambuco | 5,29 |
Goiás | 5,26 |
Maranhão | 5,20 |
Ceará | 5,14 |
Distrito Federal | 5,09 |
Mato Grosso | 5,08 |
Amapá | 5,05 |
Amazonas | 5,03 |
Paraíba | 5,00 |
Rio de Janeiro | 4,58 |
Rondônia | 4,49 |
Pará | 4,17 |
Brasil | 5,47 |
TABELA 2 – ÍNDICES DAS CAPITAIS POR GRUPO HOMOGÊNEO
Capitais | IDSUS 2012 | Grupo Homogêneo |
Vitória | 7,08 | 1 |
Curitiba | 6,96 | 1 |
Florianópolis | 6,67 | 1 |
Porto Alegre | 6,51 | 1 |
Goiânia | 6,48 | 1 |
Belo Horizonte | 6,40 | 1 |
São Paulo | 6,21 | 1 |
Campo Grande | 6,00 | 1 |
São Luís | 5,94 | 1 |
Recife | 5,91 | 1 |
Natal | 5,90 | 1 |
Salvador | 5,87 | 1 |
Teresina | 5,62 | 1 |
Manaus | 5,58 | 1 |
Cuiabá | 5,55 | 1 |
João Pessoa | 5,33 | 1 |
Fortaleza | 5,18 | 1 |
Brasília | 5,09 | 1 |
Maceió | 5,04 | 1 |
Belém | 4,57 | 1 |
Rio de Janeiro | 4,33 | 1 |
CAPITAIS DO GRUPO HOMEGÊNEO 2
Palmas | 6,31 | 2 |
Boa Vista | 5,76 | 2 |
Rio Branco | 5,56 | 2 |
Aracajú | 5,55 | 2 |
Porto Velho | 5,51 | 2 |
Macapá | 5,10 | 2 |
Fonte: Ministério da Saúde
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